Cinotecnia na Força Aérea Portuguesa: Capacidades e Formação dos Binómios Cinotécnicos
A Força Aérea Portuguesa (FAP), destaca-se pela excelência em múltiplas áreas, entre as quais, a Cinotecnia, que ocupa um lugar de grande relevância.
Esta ciência, que estuda e aplica a integração de cães em diversas atividades operacionais, representa um dos pilares fundamentais das operações de segurança nas Forças Armadas Portuguesas, assumindo um papel crucial na proteção e vigilância das Unidades Militares.
Na FAP, esta especialidade tem vindo a afirmar-se, não só pela sua capacidade de reforçar a segurança das Bases Aéreas, mas também pela versatilidade e eficácia que os binómios (Militar + Cão), oferecem em missões de patrulha, guarda e deteção de substâncias ilícitas, tornando-a indispensável na prevenção de ameaças, apoio às operações militares e na segurança interna.
Processo de Formação
O processo de formação dos cães militares na FAP, inicia-se com a apresentação e familiarização dos animais aos seus futuros tratadores. O primeiro passo baseia-se em exercícios de obediência, fundamentais para estabelecer uma base sólida de comunicação e disciplina, assegurando não apenas a eficácia operacional, mas também o bem-estar dos cães, assente num sistemático uso de metodologias de reforço positivo.
A eficiência de um binómio cinotécnico, está diretamente relacionada com a qualidade do elo entre o tratador e o cão e para tal, são desenvolvidas competências específicas que culminam na formação de um binómio plenamente funcional, capaz de responder aos diferentes contextos operacionais.
Parceiros Estratégicos
Os cães militares da Força Aérea não são apenas animais de companhia, são parceiros estratégicos, preparados para missões de alta responsabilidade, ao desempenharem principalmente duas grandes funções: Guarda e Patrulha, e Deteção de Produtos. A última subdivide-se em deteção de estupefacientes e de explosivos, áreas vitais para a segurança das Bases Aéreas e das operações em que a FAP está envolvida.
 
                             
                            Componente Estratégica
A cinotecnia na Força Aérea Portuguesa é uma componente estratégica que combina treino rigoroso, técnicas avançadas de reforço positivo e uma estreita relação entre o tratador e o cão para assegurar a segurança e eficiência operacional. Os binómios cinotécnicos desempenham um papel fundamental em missões que vão desde a proteção das Bases Aéreas até à deteção de ameaças, contribuindo decisivamente para a defesa nacional.
Caminho para a Cinotecnia
Para integrar a equipa de cinotecnia da FAP, há um caminho necessário a percorrer que se inicia no ingresso na especialidade de Polícia Aérea, na qual se adquire formação militar básica e experiência em operações de segurança e patrulha. Ao completar esta fase, os militares podem candidatar-se à cinotecnia, passando por um processo de rigorosa seleção, no qual são avaliadas competências físicas, disciplinares e a aptidão para trabalhar com cães.
Após seleção, os militares frequentam a Escola Cinotécnica da Força Aérea, que ministra cursos de instrutores, monitores e tratadores de cães militares, nas vertentes de guarda e deteção de droga e explosivos, garantindo assim a proficiência do efetivo cinotécnico da Força Aérea. . A formação ministrada aos treinadores, tem permitido aquando do abandono das fileiras, saídas profissionais na área do adestramento de cães, funcionando em simultâneo como uma plataforma de recrutamento de jovens, ao despertar o interesse por uma carreira militar distinta.
 
                             
                            Números Atuais
Atualmente, a Força Aérea conta com cerca de 60 binómios cinotécnicos, sendo que em 2025 formou dez novos militares, especializados em operações cinotécnicas de patrulha.
 
                             
                            